sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Não é um adeus.


Tudo começou dentro de um ônibus indo pra algum lugar, e as primeiras ideias para o que seria um cartão de "despedida" foram sendo rascunhadas no meu pequeno caderno de "Coisas Maléficas Bondosas" como o apelidei, (caderninho que ganhei da linda amiga Natassja de aniversário). Eu gosto de despedidas, gosto daquele nó na garganta, aquela coisa romântica e visceral de filme que um sai correndo de um lado da estação e o outro também e no meio da linha os dois pontos afoitos se abraçam e beijam, tomando uma forma só.

desenho de ônibus para cartão

E todas àquelas promessas de reencontro e àquelas memórias que só nascem diante da partida... Eu gosto de despedidas. Não gosto é de ir embora.
Portanto, com toda essa intensidade de sentimento que me vêm aos olhos quando penso e sinto no que vivi no Rio de Janeiro (fiz mobilidade acadêmica por um ano na UFRJ e agora preciso voltar à UFG) não me venhem pieguices exalando lavanda, o Pão de Açúcar com um arco-íris e o Cristo Redentor montado num unicórnio com jujubas e algodão doce puxados pelo ar com um balão em forma de coração; o que me vem à cabeça são as partes, as vivências literais ou não, de cada pessoa, de cada imagem e paisagem. E com isso, quero tentar passar a cada um pouquinho desse grau de intensidade com esse cartãozinho que chega a ser tosco-fofo, mas que exprime que o que estou levando está tão entranhado em mim que chega a doer, na carne, e se a híbridizar com meu corpo.

estudos

No mais, obrigada à você, à você e você e você, vocês todos que fizeram esses momentos meus * sic Luisa Marilac * tão seus e tão nossos! Espero que essa troca tenha sido recíproca e que estejam cada um, com um pedacinho meu também:


Obrigada de coração e com todas as outras partes do corpo também! Muito.
Não é um adeus, é um até breve.
Beijos e abraços fortes! :)


(fotos por Juliana Cioffi)