quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Nossa música, nossa história"

Creio que uma das coisas que sou mais entristecida é pelo fato de não tocar nenhum instrumento musical. Já tentei aprender diversas vezes, mas não tem jeito: pareço não ter aquela destreza ou até coordenação motora... Isso me deixa frustrada, pois afinal, você é o que você ouve (ou) devora-me ou te decifro. E, amo música. Quem não?

É possível abortar sentimento? Talvez sim, talvez não, mas acredito que musicalmente e em outras manifestações que sejam o seu "Grito, de Munch", podemos. É uma atitude 'ista': humanista, egoísta e altruísta. Já que não podemos nomear os bois, e o filho, é de dois, fica assim: um seu, um meu, pra gerar o nosso.

Mas e aí, o que a gente faz com 'isso'? Recentemente ouvi um Zen budista que relatava a história de três monges depois de atingir ao Nirvana. Um deles, não sabia o que fazer, como agir e, enlouqueceu. O outro se sentiu tão invadido por aquele estranhamento comum, tão entusiasmado de sentir aquilo novamente que tornou aquilo uma religião. O terceiro monge, tão pleno, enamorado e iluminado por aquela força, quis sair por aí cantando e foi cantando aquilo que sentira para as outras pessoas, para compartilhar e transmitir, abençoadamente livre.

Como disse, não sei tocar e cantar. Posso até arranhar no chuveiro e ter tido algumas bandas na adolescência, mas, a melhor maneira de cantar o meu Nirvana, é desenhando.
E foi antes, durante e depois de uma dessas experiências que rascunhei e projetei formas, cores, símbolos e poemas-pílulas que tomava sem prescrição médica, das minhas obras para o FAKE FAKE ilustraciones 3, do Coletivo FAKE FAKE, do qual faço parte.

São oito máscaras cada uma com sua palavra, sua cor, sua forma, suas vivências pessoais de mapa mental, esquentação, abraços infinitos, enfim: Vontade, Intimidade, Aninhar, Saudade, Cuidar, Egoísmo, Ódio e Defeito. Que intitulei de amorlentos ou, amorletos... A exposição do FAKE FAKE ilustraciones 3: Terceira Dimensão continua até dia 10 de dezembro, sábado, na Galeria Potrich, em Goiânia.
















Nesse último dia de exposição, 10 de dezembro, faremos uma pequena despedida com comidinhas e bate-papos na Galeria Potrich, das 10h às 15h.
Aguardo você lá. :)



*fotos por Ellen Vaz, Orlando Pedroso e Roger Faria



Falando em música, as trilhas sonoras que embalaram nesses meses:




2 comentários:

  1. Que lindos! Tomara que seja logo o dia em que vc fará uma exposição aqui no Rio também!

    bjinhos!

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  2. Eliza, bonita do meu coração!
    Obrigada! Também espero que seja logo essa exposição aí no Rio! :)
    Saudades!

    Beijo!

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