quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Nossa música, nossa história"

Creio que uma das coisas que sou mais entristecida é pelo fato de não tocar nenhum instrumento musical. Já tentei aprender diversas vezes, mas não tem jeito: pareço não ter aquela destreza ou até coordenação motora... Isso me deixa frustrada, pois afinal, você é o que você ouve (ou) devora-me ou te decifro. E, amo música. Quem não?

É possível abortar sentimento? Talvez sim, talvez não, mas acredito que musicalmente e em outras manifestações que sejam o seu "Grito, de Munch", podemos. É uma atitude 'ista': humanista, egoísta e altruísta. Já que não podemos nomear os bois, e o filho, é de dois, fica assim: um seu, um meu, pra gerar o nosso.

Mas e aí, o que a gente faz com 'isso'? Recentemente ouvi um Zen budista que relatava a história de três monges depois de atingir ao Nirvana. Um deles, não sabia o que fazer, como agir e, enlouqueceu. O outro se sentiu tão invadido por aquele estranhamento comum, tão entusiasmado de sentir aquilo novamente que tornou aquilo uma religião. O terceiro monge, tão pleno, enamorado e iluminado por aquela força, quis sair por aí cantando e foi cantando aquilo que sentira para as outras pessoas, para compartilhar e transmitir, abençoadamente livre.

Como disse, não sei tocar e cantar. Posso até arranhar no chuveiro e ter tido algumas bandas na adolescência, mas, a melhor maneira de cantar o meu Nirvana, é desenhando.
E foi antes, durante e depois de uma dessas experiências que rascunhei e projetei formas, cores, símbolos e poemas-pílulas que tomava sem prescrição médica, das minhas obras para o FAKE FAKE ilustraciones 3, do Coletivo FAKE FAKE, do qual faço parte.

São oito máscaras cada uma com sua palavra, sua cor, sua forma, suas vivências pessoais de mapa mental, esquentação, abraços infinitos, enfim: Vontade, Intimidade, Aninhar, Saudade, Cuidar, Egoísmo, Ódio e Defeito. Que intitulei de amorlentos ou, amorletos... A exposição do FAKE FAKE ilustraciones 3: Terceira Dimensão continua até dia 10 de dezembro, sábado, na Galeria Potrich, em Goiânia.
















Nesse último dia de exposição, 10 de dezembro, faremos uma pequena despedida com comidinhas e bate-papos na Galeria Potrich, das 10h às 15h.
Aguardo você lá. :)



*fotos por Ellen Vaz, Orlando Pedroso e Roger Faria



Falando em música, as trilhas sonoras que embalaram nesses meses:




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Não é um adeus.


Tudo começou dentro de um ônibus indo pra algum lugar, e as primeiras ideias para o que seria um cartão de "despedida" foram sendo rascunhadas no meu pequeno caderno de "Coisas Maléficas Bondosas" como o apelidei, (caderninho que ganhei da linda amiga Natassja de aniversário). Eu gosto de despedidas, gosto daquele nó na garganta, aquela coisa romântica e visceral de filme que um sai correndo de um lado da estação e o outro também e no meio da linha os dois pontos afoitos se abraçam e beijam, tomando uma forma só.

desenho de ônibus para cartão

E todas àquelas promessas de reencontro e àquelas memórias que só nascem diante da partida... Eu gosto de despedidas. Não gosto é de ir embora.
Portanto, com toda essa intensidade de sentimento que me vêm aos olhos quando penso e sinto no que vivi no Rio de Janeiro (fiz mobilidade acadêmica por um ano na UFRJ e agora preciso voltar à UFG) não me venhem pieguices exalando lavanda, o Pão de Açúcar com um arco-íris e o Cristo Redentor montado num unicórnio com jujubas e algodão doce puxados pelo ar com um balão em forma de coração; o que me vem à cabeça são as partes, as vivências literais ou não, de cada pessoa, de cada imagem e paisagem. E com isso, quero tentar passar a cada um pouquinho desse grau de intensidade com esse cartãozinho que chega a ser tosco-fofo, mas que exprime que o que estou levando está tão entranhado em mim que chega a doer, na carne, e se a híbridizar com meu corpo.

estudos

No mais, obrigada à você, à você e você e você, vocês todos que fizeram esses momentos meus * sic Luisa Marilac * tão seus e tão nossos! Espero que essa troca tenha sido recíproca e que estejam cada um, com um pedacinho meu também:


Obrigada de coração e com todas as outras partes do corpo também! Muito.
Não é um adeus, é um até breve.
Beijos e abraços fortes! :)


(fotos por Juliana Cioffi)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Buenos Aires - Parte II (caderno de viagem)




Tem mais coisinhas do caderno no Meu Flickr :-)
E, claro, uma trilha sonora, para relembrar os bons momentos árrêntínos!
Mompox, a descoberta porteña.




sábado, 11 de junho de 2011

enamorar-se

"Sentir tudo de todas as maneiras,
viver tudo de todos os lados,
ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
num só momento difuso,
profuso,
completo
e longínquo."

// passagem das horas, álvaro de campos


feliz dia dos namorados,
todos os dias.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Buenos Aires - Parte I (livros)


Livros comprados e descobertos em Buenos Aires:

O livro A Genealogia de Una Bruja foi aquele típico amor à primeira vista. É uma edição tipo luxo, com uma luva de ilustrações diferentes na frente e no verso e a impressão em tinta especial dourada é sublime! O livro todo é um deslumbre... E quando se lê, quando se observam os desenhos, dá uma vontade descontrolada de se teletransportar para aquele mundo mágico. O livro é ilustrado e escrito pelo genial Benjamin Lacombe e pelo escritor Sébastien Perez.




Em antagonia à história das Bruxas, segue-se Princesas Esquecidas ou Desconhecidas, livro fabuloso ilustrado pela magnífica Rebeca Dautremer e escrito por Philippe Lechermeier. A edição que comprei vem em uma caixa com o livro, um caderno e vários cartões. É sensacional!




Um livro sobre as fases do amor de modo sutil e simples, esse é o El Aprendizaje Amoroso, livro de beleza peculiar e delicada que tem ilustrações curiosas e audaciosas feitas por Emmanuelle Houdart e escrito por Laetitia Bourget. Não há muito o que escrever, ele não precisa de palavras.



A ilustradora Silvana Avila me seduziu com sua singeleza. O livro Rondas Del Agua da escritora argentina María Cristina Ramos Guzmán e ilustrado por ela, é uma colcha de retalhos lúcida de traços finos e rendas. Lindo, lindo. Também n
o blog de Silvana, encontrei várias jóias: um blog só de ilustradoras mexicanas! Recheado de informações! "És muy rico" Clique e divirta-se. Há também blogs de ilustradores Colombianos e outros blogs fantásticos além de links sobre livros e ilustrações!


Me apaixonei também pelo já amado por mim, Fernando Vilela e o livro Los Espejos de Anaclara. Estas ilustrações de Fernando para o livro, me remeteram um pouco ao trabalho da Isabelle Vandenabeele.



Esses são alguns dos livros que me encantaram em Buenos Aires. Em breve espero postar sobre o circuito artístico (museus e galerias de arte) e também meu caderno de viagem!

:)


(fotos dos livros retiradas do gloogle)