terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Molespobre

Encadernar é sublime!
E é uma prática milenar que vem se tornando bastante usual hoje em dia, difundida principalmente pelos Sketchbooks:
os típicos cadernos de desenhos e rascunhos. Só que algumas vezes os sketchbooks artesanais ou os próprios Moleskines são inviáveis para alguns (mesmo valendo cada centavo).

Sou adepta a cada qual construir de maneira particular seu próprio livro. Tanto que nas Oficinas de Encadernação que ministro (veja Aqui) deixo com que cada aluno desperte o prazer de encadernar valorizando seu próprio estilo.

Daí, que ao me deparar com o Molespobre do Pedro Biz, achei a idéia muito divertida e uma alternativa bem alternativa, haha!

Com vocês, o Molespobre!





























E os materiais necessários e simples, para confecção do seu:
o digno papelão, papel, linha e agulha (da vovó), cola e liguinha de amarrar pamonha, hihi.

Bonitão e fácil, né?
Aqui tem o tutorial do Pedro Biz ensinando direitinho como fazer!
Eu adorei!

5 comentários:

  1. Ah, eu já fiz com papelão! e ainda usei, pra costurar, a palha que os Atikum usam pra tudo. e ensinei os índios como se faz. =]

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  2. Ah! Você é fodona, Sully!
    Também quero ir pra uma aldeia indígena :)

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  3. Aaaaaa, vamo falá sério, Sophia!

    A durabilidade do papelão ondulado é mínima, ele vai se deformar quando colocado no bolso da calça e além de tudo ele é super ácido e sujeito a fungos. Os desenhos ali vão ficar amassados e amarelos logo, logo.

    Vai por mim, existem maneiras super simples de se fazer uma capa dura. Tão simples e o resultado, além de bonito, protege o interior do caderno. Você ainda pode forrar a capa com o tecido aquela camiseta velha que ama de paixão.

    Se vier ao Rio ou se eu for a Goiânia te explico como faz.

    Molespobre é coisa de artista que se assume como pobre. Isso não levanta a moral de ninguém.

    Beijo,

    Alarcão

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  4. Oi Alarcão!

    Claro que aqui não está em voga a durabilidade e "boniteza" do caderno. Um Sketchbook com um papel Horlle, capa de tecido de algodão, linha de linho e papel Marrakech é de dar água na boca aos olhos e ao traço, e o desenho agradece, claro!

    Mas não se pode negar que acima de tudo, o que está intrínseco a isso, é a vontade de ter um caderno. A Sully (vide primeiro comentário) tem um com capa de papelão, é tosco, sim. E nossos olhos já estão acostumados as imperfeições, ou não? E o tosco bonitinho? E o grotesco?

    Afinal, não vivemos nos parâmetros dos rigores arquitetônicos, tradicionais, europeus, por exemplo. Ruim ou não.
    Eu gosto da geléia geral do Rio, mas sou apaixonada pelas ruas da Holanda. Fazer o quê?

    O Molespobre, creio ser o "jeito brasileiro" do Moleskine. E logicamente, seu ponto de vista faz sentido. E a discussão é boa!

    Ah, estou morando no Rio até meados do ano que vem ou março, ainda devo uma visita aos seu Ateliê.

    Beijo!

    P.S: Nas oficinas que ministro não há nada de Molespobre, é Sketchbook "de verdade".

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  5. Alarcão,
    Nem eu levo tão a sério o molespobre como estás levando. O "pobre" é uma paródia do fetichizado moleskine e nada mais. Se não fosse papelão não teria a mesma graça. Mas ele dura legal. É claro q não é um primor. Aí cada um faz o caderno conforme a necessidade. O tutorial tá ali como base também. Quando procurava por tutoriais na internet não encontrava nenhum que me satisfazia por completo. Resolvi fazer o meu.

    Não sou artista, sou designer. E não sou pobre e sim bem humorado. Agora, vai começar a vida de designer ganhando bem o bastante pra comprar moleskine todo o mês!

    abs

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